83% dos consumidores no Brasil preferem comprar de marcas que se posicionem e sejam claras em seus valores

Na pandemia, a cobrança do público por posicionamentos e atitudes em prol da sociedade se tornou ainda mais marcante.


Um estudo feito em 2018 pela Accenture Strategy já havia revelado que o consumidor brasileiro está, cada vez mais, preocupado com o que as empresas estão fazendo para contribuir com a sociedade. Dos entrevistados, 83% disseram que preferem comprar de marcas que estejam em sintonia com os seus valores de vida.

Além disso, 79% dos brasileiros querem que as empresas tomem partido em assuntos relevantes para a sociedade, meio ambiente, política e cultura. O estudo também mostrou que 65% das pessoas disseram que já deixaram de comprar produtos de uma marca após ela “trair suas crenças”.

Em tempos atuais, de pandemia, isso ficou ainda mais necessário. Um exemplo recente e que gerou bastante comentários positivos e good will para as marcas foi questão da diversidade e inclusão nas empresas. A rede Magazine Luiza e a Bayer anunciaram programas de trainee voltados apenas para candidatos negros.

“O Magazine Luiza acredita que uma empresa diversa é uma empresa melhor e mais competitiva”, diz Patrícia Pugas, diretora-executiva de Gestão de Pessoas. “Queremos desenvolver talentos negros, atuar contra o racismo estrutural e ajudar a combater desigualdade brasileira”, completa.

Mas não são só os consumidores que estão de olho nas ações sociais das empresas. Os investidores também têm aumentado sua preocupação para que as organizações adotem práticas ambientais, sociais e de governança.

Prova disso é que a emissão de títulos socioambientais somaram US$ 328 bilhões em 2019 em todo o mundo. Isso significa um aumento de 57% em relação ao ano de 2018, o que mostra como os investidores buscam cada vez mais empresas que priorizem a pauta socioambiental.

Para Lizandra Freitas, da Kimberly-Clark, as pessoas querem saber o que você representa como empresa. “A iniciativa privada precisa entender o papel que elas têm em ajudar a forjar uma sociedade melhor. Não adianta o consumidor cobrar do governo e as empresas se excluírem desse processo”.

Fonte: ProXXIma – 5 de outubro de 2020

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