Marcas também contam histórias

Alessandra Toledo é jornalista e diretora da Criativa Conteúdo

Com o acesso global a todo tipo de conteúdo permitido pela internet, mais pessoas e organizações criam voz e ajudam a alimentar a rede com informações. Falar é uma premissa para a grande maioria das empresas que querem sua marca lembrada e desejada. No entanto, antes de se expressar, é preciso decidir os canais e o que será dito. Afinal, falar por falar é dispensável também para as marcas.

Antes, para estar perto do consumidor, marcas produziam comerciais de TV, trilhas para o rádio ou anúncios de jornal, e isso bastava. Mas hoje isso não é mais suficiente para se fazer presente na vida das pessoas.

A geração mais jovem não se separa do celular. A TV não é mais a TV de uns anos atrás. Ela ganha outra utilidade: passa a ser uma tela para os conteúdos da internet. Pelo menos para uma parte do público.

Para as marcas que têm a nova geração como público-alvo, será melhor não usar a antiga TV como ponte até ela, pois vão perder dinheiro. Terão que estudar os seus hábitos para definir onde encontrá-la.

Sua atenção está voltada para conteúdo. São filmes, séries, tutoriais que ensinam de tudo, receitas, dicas de bem viver, os youtubers, os vídeos que viralizam e são as histórias. O consumo de conteúdos toma uma parte importante da vida de todos nós.

E é aí que nascem as marcas contadoras de histórias. E elas contam porque têm algo dizer, a ensinar, querem ser relevantes, atraentes, encantadoras e, porque não, legais, “cool”. Acima de tudo, querem fazer parte do dia a dia das pessoas.

Mas se o objetivo final da comunicação de uma marca é vender e a maioria das pessoas escolhe produtos e serviços pela qualidade e não pelo que ela diz, para que a marca vai passar a contar histórias?

Sabemos que entregar qualidade é fundamental, só que num mercado com tantas opções, onde produtos e serviços são muito parecidos, o que vai definir a sua escolha? Eu me arrisco a responder: a empatia.

Para se ter empatia por uma marca é preciso conhecê-la. Para isso, usamos todos os sinais que ela nos dá: sua embalagem, o design da sua logo, as ações que promove, sua interação com a comunidade e também o que ela diz.

Hoje é muito comum que uma marca tenha um site e uma rede social. O que e como ela irá comunicar virá de uma estratégia de conteúdo. Será essa estratégia que irá definir características como tom de voz, um jeito próprio de se comunicar e até um humor próprio – se isso está bem claro, sinal de que a marca tem personalidade bem definida e sabe muito bem onde quer chegar.

Vivemos na sociedade do consumo, mas até para consumir somos pautados por valores. Empresas inteligentes têm mostrado que nada melhor que uma boa história para transmitir valores de forma acessível e contundente.

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